Na primavera ela cobre a saia com um avental azul às flores. Leva no carrinho legumes verdes e fruta encarnada, que são muito frescos e bons. Todos já a conhecem, porque ela anda por cidades e arredores a dizer:
- «Comprem que é tudo do vosso agrado! Dá vida aos olhos, e boas cores!».
No verão, ao sol, a vendedeira não se atrapalha, defende os olhos, nariz e testa com um chapéu dourado de palha. E no seu carrinho há: tomate fresco, beringela, melão e damasco, que são ótimas para as sobremesas e nas panelas. E chama alegremente os seus clientes:
- «Comam damasco, metam-lhe os dentes, pois mata a sede, mais o calor!»
Pelo outono, ela põe um xaile, pois ela é prática, veste-se à maneira para não ter frio, nem ser reumática. E no carrinho, de manhã, é como um pomar, pois transporta ameixa, pera, maçã, uva preta e milho para assar. E agora ela diz:
- «Quem comer uma maçã por dia não necessita mais do doutor!».
E no inverno, quando está fraco o sol, a neve e a chuva inclementes, ela usa cachecol, barrete e botas grossas e quentes. No carrinho, agora, só há limões, laranjas, tangerinas, couves, castanhas e ervilhas viçosas, uma delícia.
E agora apregoa:
- «Limões, laranjas e tangerinas! Não há p’ra gripe, fruta tão boa! Comam e bebam-lhes as vitaminas!»
A vendedeira era muito feliz e gostava do que fazia e só vendia alimentos saudáveis, porque pensava na sua população.
Reconto feito pela turma 4.3
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